Alvandy Rodrigues
A minha participação na 2ª Convenção Nativista, em parceria com meu filho - José Henrique - e com Raúl Quiroga, esse "gaucho" oriental que se tornou o mais frequente autor das melodias dos meus singelos versos, é uma honra, sobremaneira pela importância histórica da sede do evento e pelas virtudes cívicas e sociais do povo de Julio de Castilhos. E sobre a nossa composição DEPOIS DO ÚLTIMO TREM, em síntese, lembra e lamenta a criminosa decisão de governantes que, por "razões" inconfessáveis, acabaram com a malha ferroviária que cruzava o Rio Grande e o Brasil, transportando sua gente e suas riquezas, tudo para favorecer a indústria automobilística que, a partir de então, floresceu no Brasil. E junto, além de encarecer o transporte, com reflexos no custo do pão nosso de cada dia, também multiplica a indústria funerária, os cemitérios e os custos com a saúde pública, etc.Tanto é que, agora, mais responsáveis (apesar dos senões morais que afetam a classe política), alguns governantes, mormente do sul, buscam reativar o transporte ferroviário na gloriosa região sul.Por isso cantamos a saudade do trem de passageiros, em especial do Minuano, que ligava, sem tragédias, a gente do campo aos irmãos das cidades mais distantes, em particular Porto Alegre.Obrigado, produtora cultural Aline Ferrão, pela qualidade dos festivais que gerencia!
DEPOIS DO ÚLTIMO TREM
Letra: Letra José Henrique Rodrigues e Alvandy Rodrigues
Música: Raul Quiroga e Amaricanto
Ritmo: Chamamé
Representa Estância Velha e São Leopoldo – a 8ª Composição da noite de 27 de novembro
Um trecho:
...“Restam “Maria-Fumaça”
E as estações amarelas,
Onde ninguém nos abraça
Na plataforma de espera,
Sem o aceno e a graça
de um sorriso na janela”...
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