Nesta sexta feira dia 19, faleceu o músico, compositor e intérprete Clemar Guglielmi. Ele nasceu em Porto Xavier, às margens do Rio Uruguai, em 16 de março de 1949. Nos seus primeiros anos de vida a família - natural de São Borja - transferiu-se para o Rio de Janeiro por causa da profissão do pai, que era marinheiro. Mas aos 10 anos de idade retorna definitivamente para morar no Rio Grande do Sul. Embora ainda muito pequeno, aos 11 anos, já cantava num programa de auditório na rádio Fronteira do Sul de São Borja. Durante o período que prestou serviço militar, residiu na casa de seu irmão, em Passo Novo, hoje distrito de Manuel Viana. Aos 20 anos Clemar mudou para Uruguaiana, onde começaram a surgir as primeiras oportunidades.Com formação musical autodidata, foi em1971 que iniciou sua carreira, primeiro como baterista e depois também como cantor. Atuou em dois conjuntos de baile: The Tigers e Os Zumbis. No ano seguinte mudou-se para a cidade de Alegrete. Lá tocou nas duas orquestras da época, a Terceira Dimensão e RBS 8. Depois de algumas temporadas, volta novamente a Uruguaiana para tocar com Os Muggs e depois, com o conjunto Hi-fi - uma harmony band, que acompanhava artistas em turnês no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e norte do Mato Grosso. Neste conjunto Clemar atuou durante oito anos acompanhando artistas como Gregório de Barros, Antônio Marcos e Vanuza, Vanderlei Cardoso, Caubi Peixoto e Jerri Adriani. Em 1975 o Hi-fi viajou em turnê pelo Brasil com Evandro de Castro Lima, apresentando o show As Fantasias Campeãs do Carnaval do Rio. A primeira participação de Clemar Guglielmi em festivais de música nativista se deu em 1977. Neste ano Apparício Silva Rillo e Mário Barbará (compadre de Clemar) concorriam na 7ª Califórnia da Canção Nativa com uma composição chamada Colorada – uma música sincopada que Clemar acabou tocando em bombo legüero e acompanhando no vocal o cantor Ademar Silva. A música foi premiada na linha da manifestação rio-grandense. No ano seguinte, interpretando Couro Cru, novamente com música de Mário Barbará, foi premiado na linha campeira da 8ª Califórnia. Na 13ª Califórnia da Canção Nativa, em 1983, foi convidado para defender, junto com o grupo Os Mirins, a música Jujo Idéia, tema muito popular e que ainda hoje roda em programas de música nativista. Em discos de festivais Clemar Guglielmi tem registradas cerca de 200 músicas. Uma das mais importantes conquistas foi o Festival Mourão. A láurea veio por causa da música América Latina, de Francisco Alves e Humberto Gabi Zanetta, popularizada anos mais tarde com a gravação de Dante Ramon Ledesma pela RBS Discos. Entretanto o ponto alto da participação de Clemar em festivais de música nativa foi em 1984, quando venceu, no mesmo mês, três importantes festivais do Estado: o 3° Aparte de São Sepé, a Gauderiada de Rosário do Sul e o Reponte de São Lourenço. Clemar Guglielmi ainda tem em seu currículo a participação em muitos outros festivais, como a Tertúlia Nativista de Santa Maria, o Festival de Música Crioula de Santiago, a Coxilha Nativista de Cruz Alta, o Musicanto Sul americano de Nativismo de Santa Rosa. Entre 1984 e 1988 Clemar se fixou novamente na cidade de Alegrete e participou da formação do Itapevi - grupo de arte e cultura, com projeção nacional, que realizou turnês pela Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso -, que representou o Rio Grande do Sul na Festa dos Estados, em Brasília, durante três anos (1984-1987). No final dos anos 80 Clemar enfrentou um período com muitos problemas de saúde na família e teve que se afastar da vida artística. Retornou à atividade de músico nos últimos tempos, e fazendo shows em algumas cidades do Rio Grande do Sul. Gravou um CD, Nos Bares da Vida, com cancioneiro popular tradicional. Atualmente vinha participando timidamente de festivais. Esteve no Festival Carijo da Canção de Palmeiras das Missões, como arranjador e contrabaixista, em composições de João Quintana e do grupo Parceria. O artista que ultimamente residia em Uruguaiana tinha como referências na música gauchesca Eraci Rocha e João de Almeida Neto.
Se foi um Parceiro- Clemar Guglielmi
Nesta sexta feira dia 19, faleceu o músico, compositor e intérprete Clemar Guglielmi. Ele nasceu em Porto Xavier, às margens do Rio Uruguai, em 16 de março de 1949. Nos seus primeiros anos de vida a família - natural de São Borja - transferiu-se para o Rio de Janeiro por causa da profissão do pai, que era marinheiro. Mas aos 10 anos de idade retorna definitivamente para morar no Rio Grande do Sul. Embora ainda muito pequeno, aos 11 anos, já cantava num programa de auditório na rádio Fronteira do Sul de São Borja. Durante o período que prestou serviço militar, residiu na casa de seu irmão, em Passo Novo, hoje distrito de Manuel Viana. Aos 20 anos Clemar mudou para Uruguaiana, onde começaram a surgir as primeiras oportunidades.Com formação musical autodidata, foi em1971 que iniciou sua carreira, primeiro como baterista e depois também como cantor. Atuou em dois conjuntos de baile: The Tigers e Os Zumbis. No ano seguinte mudou-se para a cidade de Alegrete. Lá tocou nas duas orquestras da época, a Terceira Dimensão e RBS 8. Depois de algumas temporadas, volta novamente a Uruguaiana para tocar com Os Muggs e depois, com o conjunto Hi-fi - uma harmony band, que acompanhava artistas em turnês no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e norte do Mato Grosso. Neste conjunto Clemar atuou durante oito anos acompanhando artistas como Gregório de Barros, Antônio Marcos e Vanuza, Vanderlei Cardoso, Caubi Peixoto e Jerri Adriani. Em 1975 o Hi-fi viajou em turnê pelo Brasil com Evandro de Castro Lima, apresentando o show As Fantasias Campeãs do Carnaval do Rio. A primeira participação de Clemar Guglielmi em festivais de música nativista se deu em 1977. Neste ano Apparício Silva Rillo e Mário Barbará (compadre de Clemar) concorriam na 7ª Califórnia da Canção Nativa com uma composição chamada Colorada – uma música sincopada que Clemar acabou tocando em bombo legüero e acompanhando no vocal o cantor Ademar Silva. A música foi premiada na linha da manifestação rio-grandense. No ano seguinte, interpretando Couro Cru, novamente com música de Mário Barbará, foi premiado na linha campeira da 8ª Califórnia. Na 13ª Califórnia da Canção Nativa, em 1983, foi convidado para defender, junto com o grupo Os Mirins, a música Jujo Idéia, tema muito popular e que ainda hoje roda em programas de música nativista. Em discos de festivais Clemar Guglielmi tem registradas cerca de 200 músicas. Uma das mais importantes conquistas foi o Festival Mourão. A láurea veio por causa da música América Latina, de Francisco Alves e Humberto Gabi Zanetta, popularizada anos mais tarde com a gravação de Dante Ramon Ledesma pela RBS Discos. Entretanto o ponto alto da participação de Clemar em festivais de música nativa foi em 1984, quando venceu, no mesmo mês, três importantes festivais do Estado: o 3° Aparte de São Sepé, a Gauderiada de Rosário do Sul e o Reponte de São Lourenço. Clemar Guglielmi ainda tem em seu currículo a participação em muitos outros festivais, como a Tertúlia Nativista de Santa Maria, o Festival de Música Crioula de Santiago, a Coxilha Nativista de Cruz Alta, o Musicanto Sul americano de Nativismo de Santa Rosa. Entre 1984 e 1988 Clemar se fixou novamente na cidade de Alegrete e participou da formação do Itapevi - grupo de arte e cultura, com projeção nacional, que realizou turnês pela Bahia, Minas Gerais e Mato Grosso -, que representou o Rio Grande do Sul na Festa dos Estados, em Brasília, durante três anos (1984-1987). No final dos anos 80 Clemar enfrentou um período com muitos problemas de saúde na família e teve que se afastar da vida artística. Retornou à atividade de músico nos últimos tempos, e fazendo shows em algumas cidades do Rio Grande do Sul. Gravou um CD, Nos Bares da Vida, com cancioneiro popular tradicional. Atualmente vinha participando timidamente de festivais. Esteve no Festival Carijo da Canção de Palmeiras das Missões, como arranjador e contrabaixista, em composições de João Quintana e do grupo Parceria. O artista que ultimamente residia em Uruguaiana tinha como referências na música gauchesca Eraci Rocha e João de Almeida Neto.
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puxa, hoje 8 de setembro de 2010, tomei conhecimento que o Clemar é o interprete da versão desta música fantástica "América Latina" que procuro a anos! hoje, conhecendo um pouco dele, sabendo de sua vida artística e sua contribuição entendo o diferencial da versão cantada por ele! baita cantor!
ResponderExcluirClemar Guglielmi será eterno em nossos corações, mais que um parceiro de música,ele era um amigo, um referencial de músico para todos nós, um exemplo de dedicação à arte,que mesmo não tendo em vida o merecido reconhecimento da mídia, nunca deixou que nada o afastasse da música, terás sempre o nosso reconhecimento, o nosso orgulho de tantas vezes compartilhar o palco com um grande artista como você,obrigado pelo legado que deixaste,pelas canções e pelas lembranças!!! Grupo Parceria e família Quintana Vieira.
ResponderExcluirconheci este maravilhoso interprete e musico em Balneario Camboriu, onde se apresentava junto com seu grupo no Baturite, pessoa muito legal, estou sabendo hoje que ele faleceu, sem duvida alguma um talento incomparável no seu meio, jamais esqueci da sua interpretaçao de Juju Ideia no amanhecer de uma noitada que passamos juntos naquele ano de 1983. Fica na minha memória a letra desta musica que até hoje vez por outra me pego cantarolando, "o vento sabe segredos, me disse para esperar, sigo fazendo meus tentos, paciente sigo a trançar, espera do juju ideia que venha tudo curar"
ResponderExcluirConhecemos o Grupo Itapevi, num verão em Santa Catarina, pessoas muito simpaticas e de talento, nessa época, ficamos sabendo em bate-papos que Clemar era o intérprete de América Latina e Jujo Idéia, muitas pessoas achavam que era DAnte Ledesma, infelizmente o mundo da musica nao deu o devido valor a esse cantor audodidata e de raro talento, como tantos outros.
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