Tradicionalista percorre o Rio Grande do Sul a pé


Ele poderia passar as férias descansando em casa ou na companhia de amigos, mas optou por uma aventura pelas estradas do Rio Grande do Sul. Morador de Porto Alegre, o tradicionalista e trovador Vitor Hugo Medeiros, 40 anos, optou por aproveitar os dias de folga para cruzar o Estado caminhando.Na última quinta-feira saiu de casa e deu início à aventura que vai terminar somente no próximo dia 30 em Alegrete.


Serão 640 quilômetros percorridos sob as mais variadas condições climáticas. No trajeto suas únicas companhias serão a mochila com uma pilcha, algumas garrafas de repositor energético e o telefone celular. Por todas as cidades onde passa o trovador é recepcionado em CTGs e aproveita para divulgar seu trabalho no Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). Ontem foi a vez de Vitor Hugo chegar em Santa Cruz. Ele saiu de Rio Pardo no começo da manhã e por volta do meio-dia entrou na cidade. Foi direto para o CTG Lanceiros, onde à noite participou de uma tertúlia. Hoje pela manhã vai pegar a estrada em direção a Vera Cruz e amanhã deve estar em Candelária, de onde segue até Paraíso do Sul, Santa Maria, Mata, São Vicente do Sul, Rosário do Sul até chegar e Alegrete, de onde pretende retornar acomodado em um ônibus.


Por todo o trajeto fará paradas para descansar. “Preferi vir por essa região porque tem mais cidades próximas e também lugar para ficar. Se fosse pela BR-290 iria encontrar apenas fazendas”, justifica.


Essa é a terceira vez que Vitor Hugo deixa Porto Alegre para uma cruzada. Em 2006 ele foi até Cacequi e no ano passado caminhou até Passo Fundo. “Ano que vem vou até Lagoa Vermelha”, revela.Por essas andanças coleciona as mais variadas histórias e experiências de vida. No percurso entre a Capital e Arroio dos Ratos teve que parar no médico por causa de uma luxação no joelho obtida depois de caminhar por dez horas, tomou remédios, fez uma atadura e voltou para a estrada. Extrovertido, conta que chegou a perder um dente em um almoço, mas promete parar em um dentista para deixar o sorriso em ordem. O gaúcho também fica impressionado com a quantidade de obras abandonadas e as cruzes espalhadas na beira das estradas. “É muito dinheiro público desperdiçado e são muitas vidas perdidas”, impressiona-se.Acostumado a praticar esportes, dentre eles o atletismo, o tradicionalista mantém um pique intenso para sua caminhada. Só pára em locais estratégicos e recusa caronas, mesmo que esteja cansado. “Disse que viria a pé e estou vindo”, repete. Falante, não perde a oportunidade de fazer suas trovas e não se intimida para pedir ajuda.


Quando chegou em Santa Cruz solicitou à direção do CTG um par de tênis novo. “Minha mãe arrumou a mochila e esqueceu de colocar um reserva. Com esse não consigo ir até o fim”, justificou. As refeições e a hospedagem também são obtidas depois de alguns minutos de conversa. E é desse jeito que Vitor Hugo conquista novos amigos e vai atravessando o Estado.


Fonte: Blog da 21ª RT e Gazeta do Sul e Chasques

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