Cantor levará cavalo ao Teatro Guarany, em Pelotas

O cantor e compositor pelotense Joca Martins apresenta 31/10, no Teatro Guarany, em Pelotas, o show de lançamento de seu novo CD, Pampa. Gravado entre junho e julho deste ano, o disco traz 14 canções inéditas e uma regravação (Cantar Galponeiro, homenagem ao cantor nativista José Cláudio Machado), que traduzem em versos e melodias o modo de vida e as tradições dos gaúchos. “A Pampa é um país com três bandeiras /e um homem que mateia concentrado / seus olhos correm por sobre as fronteiras /que o fazem tão unido e separado”, diz a letra da canção assinada por Rodrigo Bauer e Fabrício Harden e que dá nome ao 12º álbum de Joca Martins. Quem espera cruzar esse Pampa embalado pela melancolia típica das planícies verdejantes pode se preparar para apressar o passo, afinal a tristeza passa longe das chamarras, vaneiras, polcas, milongas e chamamés interpretados por Joca Martins (voz), Fabício Harden (violão), Negrinho Martins (violão/baixo) e Fabiano Bachieri (violão e voz). — Não há lugar para melancolia em Pampa. É uma obra de festa, um tributo ao gaúcho e sua alegria — define o cantor. Para não deixar dúvidas sobre as reais intenções de Pampa, Joca Martins pretende dividir o palco do Guarany na noite desta sexta-feira com Real Invicto do Purumã, um cavalo crioulo de seis anos da Cabanha Topo da Serra (Balsa Nova/PR). Conduzido pelo ginete Freio de Ouro em 1996 e treinador Eduardo Azevedo, 36 anos, o animal deve subir ao palco ao som de Se Houver Cavalo Crioulo (2004) e, depois, cavaleiro e cavalo receberão as devidas homenagens ao som de Com o Coração nas Esporas, que abre o show e o novo CD. — A idéia é colocar lado a lado o cavalo, o gaúcho e o homem que canta essa união — antecipa. É assim que Martins, legítimo representante da música campeira gaúcha, pretende marcar na alma do público seus versos preferidos dessa polca e que dizem: “Sou do Rio Grande, sou da pátria de a cavalo / Por isso que não me calo pras modas que vem de fora / Chuva guasqueada e geada grande não entanguem, / Quem tem a pampa no sangue e o coração nas esporas! / Minha rebeldia tem sotaque e procedência / Cerne puro de querência templado pelo rigor, /Todo “pampeano”, que canta a terra nativa / Conserva uma história viva mesmo depois que se for.”. O show será às 21h, com ingressos a R$ 10. O disco, da Megatchê, estará à venda no local por R$ 15.

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